07 de junho de 2025
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Terapia de reposição hormonal: O que os médicos precisam saber

Terapia de reposição hormonal: O que os médicos precisam saber
Reposição hormonal

A terapia de reposição hormonal (TRH) tem sido um tema de constante debate na comunidade médica. Endocrinologistas e outros profissionais de saúde frequentemente se deparam com pacientes que buscam informações sobre os benefícios e riscos desse tratamento. Nesta matéria, abordaremos os principais aspectos da TRH, fornecendo um panorama atualizado para médicos e estudantes de medicina.

O que é a terapia de reposição hormonal?

A TRH é um tratamento médico que consiste na administração de hormônios para substituir aqueles que o corpo não produz mais em quantidades suficientes. Geralmente, é utilizada para aliviar sintomas da menopausa em mulheres ou para tratar deficiências hormonais em homens e mulheres.

Benefícios da TRH:

  • Alívio dos sintomas da menopausa, como ondas de calor e secura vaginal
  • Prevenção da perda óssea e redução do risco de fraturas
  • Melhora da função cognitiva e do humor
  • Possível redução do risco de doenças cardiovasculares em mulheres mais jovens

Riscos associados à TRH:

Apesar dos benefícios, a TRH também apresenta riscos que devem ser cuidadosamente avaliados:

  • Aumento do risco de câncer de mama em mulheres
  • Maior probabilidade de desenvolver coágulos sanguíneos
  • Possível aumento do risco de acidente vascular cerebral (AVC)
  • Potencial elevação do risco de câncer de endométrio em mulheres que não fizeram histerectomia

Individualização do tratamento

O Dr. Carlos Silva, endocrinologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, enfatiza a importância da abordagem individualizada: “Cada paciente é único, e a decisão de iniciar a TRH deve ser baseada em uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios para cada caso específico.”

Novas pesquisas e diretrizes

Estudos recentes têm fornecido novas perspectivas sobre a TRH. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) publicou diretrizes atualizadas que recomendam uma abordagem mais flexível em relação à TRH, considerando fatores como idade, tempo desde a menopausa e perfil de risco individual.

Alternativas à TRH tradicional

Para pacientes que não podem ou não desejam utilizar a TRH tradicional, existem alternativas:

  • Terapias locais com estrogênio para sintomas vaginais
  • Moduladores seletivos dos receptores de estrogênio (SERMs)
  • Tratamentos não hormonais para sintomas específicos

Monitoramento e acompanhamento

A Dra. Ana Rodrigues, ginecologista especializada em climatério, ressalta: “O acompanhamento regular é fundamental para pacientes em TRH. Recomendamos consultas periódicas e exames de rotina para garantir a segurança e eficácia do tratamento.”

Educação continuada para profissionais de saúde

A complexidade da TRH exige que médicos e outros profissionais de saúde se mantenham atualizados. Congressos, seminários e cursos online são essenciais para o aprimoramento constante nessa área.

Considerações éticas e legais

É importante que os profissionais de saúde estejam cientes das implicações éticas e legais da prescrição de TRH. O consentimento informado e a documentação adequada são práticas fundamentais.

Conclusão

A terapia de reposição hormonal continua sendo uma opção valiosa para muitos pacientes, mas requer uma abordagem cuidadosa e individualizada. Médicos e profissionais de saúde devem estar bem informados para orientar seus pacientes adequadamente, pesando os benefícios e riscos em cada caso.