17 de maio de 2025
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Linfomas: Entenda as diferenças entre Hodgkin e não-Hodgkin

Linfomas: Entenda as diferenças entre Hodgkin e não-Hodgkin
Linfoma

Os linfomas são um grupo de cânceres que afetam o sistema linfático, parte crucial do sistema imunológico do corpo. Divididos em dois tipos principais – Linfoma de Hodgkin e Linfoma não-Hodgkin – essas doenças têm características distintas e abordagens de tratamento específicas. Nesta matéria, exploraremos as particularidades de cada tipo, seus sintomas, diagnóstico e opções terapêuticas.

Linfoma de Hodgkin: O que é e como se manifesta

O Linfoma de Hodgkin, também conhecido como doença de Hodgkin, é caracterizado pela presença de células Reed-Sternberg, um tipo específico de célula cancerosa. Esta forma de linfoma geralmente se desenvolve nos linfonodos do pescoço ou do tórax, mas pode afetar qualquer parte do sistema linfático.

Sintomas comuns incluem:

  • Inchaço indolor dos linfonodos
  • Febre inexplicada
  • Suores noturnos
  • Perda de peso não intencional
  • Fadiga persistente

Linfoma não-Hodgkin: Diversidade e complexidade

O Linfoma não-Hodgkin (LNH) é um termo que abrange uma variedade de subtipos de linfoma, cada um com suas próprias características. Diferentemente do Linfoma de Hodgkin, o LNH pode se originar em diferentes tipos de células do sistema linfático e se espalhar de maneira menos previsível.

Alguns subtipos comuns de LNH incluem:

  • Linfoma difuso de grandes células B
  • Linfoma folicular
  • Linfoma de células do manto

Os sintomas do LNH podem variar, mas frequentemente incluem:

  • Aumento dos linfonodos em várias partes do corpo
  • Dor abdominal ou inchaço
  • Tosse ou dificuldade respiratória
  • Fadiga e perda de apetite

Diagnóstico: A importância da precisão

O diagnóstico preciso é crucial para determinar o tratamento adequado. Geralmente, envolve:

  • Exame físico completo
  • Biópsia do tecido afetado
  • Exames de imagem (TC, PET-CT)
  • Testes sanguíneos

A análise histológica e imunofenotípica das amostras de biópsia é fundamental para distinguir entre Linfoma de Hodgkin e não-Hodgkin, bem como para identificar subtipos específicos.

Tratamento: Abordagens personalizadas

O tratamento dos linfomas varia dependendo do tipo, estágio e características individuais do paciente. As opções podem incluir:

  • Quimioterapia
  • Radioterapia
  • Imunoterapia
  • Terapia-alvo
  • Transplante de células-tronco

Para o Linfoma de Hodgkin, a combinação de quimioterapia e radioterapia é frequentemente eficaz, com altas taxas de cura. Já para o Linfoma não-Hodgkin, o tratamento é mais variado devido à diversidade de subtipos.

Avanços na pesquisa e novas terapias

A hematologia oncológica tem visto avanços significativos nos últimos anos. Terapias inovadoras, como as células CAR-T, estão mostrando resultados promissores, especialmente em casos de linfomas refratários ou recidivantes.

Desafios e perspectivas futuras

Apesar dos progressos, desafios permanecem. A resistência ao tratamento e os efeitos colaterais a longo prazo são preocupações constantes. Pesquisas em curso buscam terapias mais direcionadas e menos tóxicas.

Papel do hematologista

O hematologista desempenha um papel crucial no diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes com linfoma. A colaboração multidisciplinar, envolvendo oncologistas, radiologistas e patologistas, é essencial para um cuidado abrangente.

Conclusão

Os linfomas, embora desafiadores, têm visto melhorias significativas em diagnóstico e tratamento. A compreensão das diferenças entre Linfoma de Hodgkin e não-Hodgkin é fundamental para o manejo adequado dessas doenças. Com avanços contínuos na pesquisa, o futuro promete abordagens ainda mais eficazes e personalizadas para pacientes com linfoma.